Smart Shade of Red

Durante a ditadura, o que se convencionou chamar de esquerda era, na verdade, um balaio de gatos de cores muito diferentes sob um guarda-chuva só, o MDB. ‘Na mesma agremiação havia de tudo: do Orestes Quércia ao pessoal do PCB, e mais tarde até do PCdoB.

A vida era muito simples. Para o pessoal da ARENA e, principalmente, para os militares que sustentavam um regime que apodrecia a cada dia, qualquer um que não apoiasse a ditadura era um comunista perigoso.

Com o fim da redentora o que se viu foram alguns anos de indefinição ideológica, em que gente que era do MDB se revelou mais próxima do PDS. Foram anos curiosos. E depois que o muro de Berlim caiu, a confusão ficou ainda maior.

Mas aos poucos as pessoas com juízo foram percebendo que nem todo mundo que era de direita era um ultra-liberal egresso da TFP, e que nem todo mundo que era de esquerda era guerrilheiro. As pessoas seguiram adiante, renovaram o jeito como pensavam.

Isto é, algumas.

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Depois de meses achando que ele era um sujeito situado confortavelmente no centro, acabo de ser surpreendido pela informação de que o Adriano é um ser de esquerda.

Eu sempre gostei do Adriano. Sempre respeitei o sujeito. Vivo dizendo que não gostaria de discutir com ele. Mas eu me recuso a permanecer na mesma lama. O meu raciocínio, mecânico e obtuso como o daqueles que descobriram que ele é um cripto-comunista, é o seguinte: se o Smart é de esquerda, se está mais próximo de Cuba que da Europa, eu vou ter que me redefinir como terrorista anarquista, algo assim. Vou ter que andar com coquetéis molotov na mochila. Vou andar de braços dados com a Heloísa Helena e dar showzinho em CPI.

A inteligência humana me impressiona mais e mais, a cada dia.

Antes que a semana comece

Em 23 de abril deste ano, neste blog:

Belo comentário do Roger ao último post. No dia em que ele (que quase — quase, não cheguemos a tanto — faz com que eu me envergonhe de pegar no pé dos goianos) resolver escrever seu próprio blog este aqui fica mais pobre.

O filho da mãe fez isso mesmo. Com vocês, o Ramblues.

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A Verbeat, uma das mais interessantes comunidades de blogs no Brasil, está realizando uma pesquisa sobre a blogosfera nacional. Vale a pena participar. Não tem prêmio, não tem sorteio, mas a sensação de ter participado de um censo da blogosfera nacional deve compensar. Eu vou participar.

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Roman Polanski lançou um filme para crianças.

Considerando que ele se exilou dos EUA para não responder a processo por pedofilia, deve ser um filme muito interessante. Fico imaginando o que Fagin não faz com Oliver Twist. Ui. Provavelmente Oliver allows a fag in, enquanto eu faço o trocadilho mais infame que eu já vi. Em se tratando do ex-marido do bife de Charles Manson, nunca se sabe.

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Na coluna da direita coloquei um link para o Google AdSense. Se alguém quiser se inscrever no programa de publicidade do Google, que distribui uns carapicuás para você parar de se virar, se inscreva por ali. Assim, a cada 100 dólares que você ganhar, eu ganho outros 100.

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Depois de Alien vs. Predator, Alien Loves Predator. Porque sempre existe um doente disposto a fazer você rir.

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Eu sou o único que, sempre que olha para a cara da Paris Hilton, tem vontade de lhe dar uma porrada nos cornos?

As alegrias que o MSN me dá – Mônica

Rafael diz:
Arroz?

Mônica diz:
Integral, pra nós ficar legal.

Rafael diz:
Eu comi muito uma época.

Rafael diz:
Hoje não aguento mais.

Mônica diz:
(essa foi podre)

Mônica diz:
Eu como raramente. Mas acho bom.

Rafael diz:
Foi legal.

Rafael diz:
Mas não fenomenal.

Mônica diz:
Ah, Rafael… vá tomar no meio do seu orifício anal…

Rafael diz:
Uma rima apenas circunstancial.

Mônica diz:
E isso lá faz mal?

Rafael diz:
Não, mas tampouco um bem total.

Mônica diz:
Pô. Tô sem idéia pra continuar nas rimas. Tô me sentindo pouco genial.

Rafael diz:
E você acha isso normal?

Mônica diz:
Ah, sim. É um caso banal.

Rafael diz:
Que poderia ter sido sensacional.

Mônica diz:
Não cobre tanto desta menina que não é a tal…

Rafael diz:
Pois bem, então esse é o final?

Mônica diz:
Talvez. O fim das coisas, infelizmente, nunca é algo excepcional…

carreirasolo.org

O Mauro Amaral está fazendo uma pesquisa para saber quem, afinal, são os leitores do carrreirasolo.org.

Eu já disse aqui várias vezes, e continuo repetindo: o carreirasolo é uma das mais interessantes iniciativas da blogoseira brasileira, pelo foco e pela capacidade de formação de uma comunidade de profissionais que têm, em comum, o trabalho criativo e a dedicação, parcial ou integral, ao freelance.

Para participar, basta clicar no banner. Não custa nada e vale a pena.

Bia

Quando o Brigatti me ligou avisando que tinha uma má notícia para dar, eu conseguia imaginar qualquer coisa — menos que o Bia tinha morrido. Não hoje.

Eu já tinha preparado um post pra ele. O filho da mãe estaria completando 35 anos hoje, e eu ia debochar da sua idade provecta. Eu sou um ano mais novo, seria sempre, então eu podia fazer isso. Bia sempre seria mais velho do que eu.

O Brigatti me acordou há alguns minutos mas não contou detalhes, estava assustado demais, e eu entendo. Parece que o Bia, quando saía de um bar no fim da madrugada, bateu o carro na traseira um caminhão que saía para entregar o Jornal de Limeira em Americana. Se foi isso mesmo, eu tenho mais é que xingar aquele filho da mãe, que usava ainda aquele Uno 88 a álcool. Batido. Agora é esperar por mais notícias.

Eu ainda não consegui entender o que aconteceu. Tá tudo muito em cima, e nessas horas a gente fica zonzo, e não dá tempo sequer de sentir saudades.

O pior em tudo isso é que eu não vou mais comer a Valéria, Bia.

Mais notícias no Donizetti, no Bruno, na Carol, no Idelber, na Viva, no Marcos, no Edu, na Mônica, no Guto, na Thania.

Linkania incestuosa

O Bruno. O Bruno é muito maneiro. E agora, de visual novo, tem-se a impressão de que saiu dos anos 70 direto para os anos 2000. O Viking virou o NeoViking. Só precisa aprender a ter bom gosto musical.

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O Smart, hein? Quem diria que debaixo daquela mente friamente analítica, ou analiticamente fria, sei lá, se esconde um saudoso amante de Grande Hotel. E então eu me pergunto que fim terão levado aquelas fotonovelas italianas. Deixaram de ser publicadas justamente quando avançavam em território novo e saboroso. Pena.

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Blog novo: Reflexões de um Homem-Ornitorrinco. Eu, que reclamava da não existência de outros blogs sergipanos, descobri dois de uma tacada só. Mas um deles mora em Sumpaulo.

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Blog novo: Plexo. O que me impressionou foi a qualidade dos seus poemas e dos seus contos. Pelo que vi até agora, um belíssimo blog. O Axel parece ser um sujeito interessante.

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E um belíssimo post da Simy, quase perdido em uma das mais completas apresentações de si mesmo que eu já vi.

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Também outro belo post do Jorge Pontual sobre os escândalos de Bush.

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O Cauê, o outro único blogueiro de Aracaju que eu conhecia, voltou a escrever no seu blog abandonado.

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E pensar que um único beijo transforma toda filosofia em pó. (Só podia ser coisa do Samurai do Amor.)

Salve a Hello Kitty!

A Associação Blogoseira de Proteção à Hello Kitty, indignada com os maus-tratos a que ela foi submetida pelo senhor Bia Jones, está lançando uma campanha em defesa da pobre gatinha que não tem boca, mas fala e faz outras coisas com o coração.

Não podemos nos calar diante de uma barbaridade tão grande. Não podemos deixar que esses monstros ludófilos continuem à solta.

Participe. Você é importante nessa luta.

A sobrevivência da Hello Kitty depende de você.

E se você não tem medo do Biajoni… Você não sabe nada.