Perfeita harmonia

Parece que está virando moda: hoje foi a vez de um sujeito chamado Sérgio Corrêa fazer hotlinking para uma imagem armazenada aqui.

Mas dessa vez ele fez pior: copiou um texto inteiro meu e publicou como seu. A única coisa boa em tudo isso é que ele colocou o meu texto ao lado de outros do Inagaki.

É melhor correrem até lá e ver no que dá fazer hotlinking, antes que ele tire o post do ar.

Aviso aos navegantes

Há uma coisa chamada hotlinking que é uma grande canalhice. Você exibe uma imagem no seu site, mas ela está armazenada em outro lugar. Ou seja: quem paga os custos da imagem é outra pessoa.

No meu caso, eu pago pela hospedagem e tenho limites de tráfego. Se esse limite for atingido, o blog simplesmente sai do ar, a não ser que eu pague por mais tráfego.

Alguém fez isso com a imagem do filme do Tim Burton incluída aqui. Sem sequer avisar. Se pedisse, eu provavelmente teria deixado.

Pena.

Tatona, a rima

A Tata acaba de ser indicada para o Prêmio Esso de Jornalismo em criação gráfica para jornal.

Detalhe: se ganhar, vai ser seu quarto Esso. Eu não conheço outro jornalista que tenha quatro Essos nos costados.

E com ela carregando tanto prêmio, ando chamando a mãe do Vítor de Tatona. Só por causa da rima.

Aqui você descobre por que estou chamando a moça por um adjetivo tão doce. Nada mais justo.

Outro detalhe: quando ela ganhou o último, eu disse que embora fosse justo ela tinha outras peças de que eu gostava mais (por favor, não fale isso com ela: você vai ter que ouvir explicações sobre o pioneirismo do projeto, ela vai se indignar por você não gostar tanto da série, etc., etc…).

Desta vez eu não falei nada. Só babei.

Adenor Gondim

O Adenor Gondim, grande fotógrafo baiano — e que tem um belíssimo blog, do qual já copiei uma foto para um post — acaba de lançar o seu site.

Mas melhor que isso, pelo menos para quem mora em Sumpaulo: ele está com uma exposição na Pinacoteca de São Paulo, até o dia 9 de janeiro. Pelas amostras no blog e no site, vale a pena.

Carreira Solo

O Carreira Solo é um blog que se destaca dos demais. A maioria nos pretendemos ensaístas, cronistas, ficionistas, filósofos; o Mauro Amaral escreve um blog dirigido a profissionais, e é uma das iniciativas mais interessantes que a blogosfera nacional produziu.

Ultimamente ele vem escrevendo um mini-curso para aqueles que escolheram — ou foram escolhidos para — a vida de freelance. Pode ser comparado a uma espécie de Você S.A. com os dois pés na realidade. É uma das coisas interessantes da internet: o compartilhamento de experiências e a formação de comunidades. De certa forma, é um dos blogs mais americanos que temos, e uma iniciativa que vale a pena acompanhar. E isso, pelo menos nesse sentido, é um elogio.

(Além disso, em algum lugar no site há o portfólio do Mauro. É muito bom. Copiei alguns anúncios, há alguns meses, para escrever um post, mas como tantos e tantos outros, o post nunca foi escrito. Acho que não precisa.)

Na poltrona ao lado

Olhando para o lado de soslaio, como quem não quer nada:

Ricardo Montero, o Homem Baile, escreve alguns dos melhores contos curtos que já vi na internet.

Alguns dos contos são brilhantes, com um senso de humor surpreendente, e uma leveza que tem sido difícil de encontrar ultimamente; e assim eis um belíssimo blog que andou passando despercebido por tempo demais.

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A Mônica, do Monicômio, está escrevendo uma série sobre sua vida na terra do xador.

Ela já tinha ensaiado algo sobre o assunto nos tempos do Blogger, mas só agora parece resolvida a contar tudo, e a experiência de uma menina em um lugar em estado de guerra como o Iraque não pode deixar de ser muito, muito interessante.

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É hoje. Nos últimos dias descobri que Kerry, além de ter tocado um baixo muito do vagabundo numa banda chamada The Electras, pastiche medíocre dos Shadows e ruim de doer (e que está aproveitando o sucesso de seu antigo integrante para descolar um troco), tem como disco favorito o Abbey Road, dos Beatles. Ninguém que tenha o Abbey Road como disco favorito pode ser má pessoa. E o sujeito encontrou John Lennon uma vez.

Se você vota nos Estados Unidos, além de dar meus pêsames eu queria pedir que você votasse em Kerry. No mínimo porque ele gosta do Abbey Road. No máximo, porque o mundo com Bush Jr. vai ser um porre. E, como é praxe, nós cá na periferia vamos pagar o pato pelos americanos fazerem uma burrada tão grande.

Como xingar um juiz autoritário

Soube pelo blog do Inagaki o caso do juiz que, numa decisão equivocada (alguém já notou que quando a gente quer ser educado e não chamar alguém de completo imbecil a gente diz que ele está equivocado?), retirou do ar um blog por causa de um comentário aparentemente pouco elogioso a respeito de uma empresa de recolocação profissional. Tenho algumas sugestões simples a fazer:

1 – Se você pretende registrar um domínio, registre fora do país. Um .com, .org, .net, no fim das contas, sai mais barato que os .br. Dê uma olhada no GoDaddy.

2 – Por via das dúvidas, garanta também hospedagem fora do país. São um pouco mais caros do que aqueles brasileiros mais baratos, estão na faixa dos medianos (você encontra coisa decente por 6 dólares mensais) e normalmente oferecem uma taxa de transferência muito maior que os brasileiros.

E então sinta-se livre para xingar o filho da puta que você quiser. Inclusive juízes, caso conheça algum juiz filho da puta. Eu, com o notório respeito que tenho pela classe dos que um dia alisaram os bancos da faculdade de direito, nunca conheci nenhum. Mas nunca se sabe.

Se você não está com vontade de xingar ninguém, pode contar piadas. Piadas não são ofensa; normalmente são grandes demonstrações de carinho. Por exemplo, sabe como a gente chama um advogado burro? Meritíssimo.

Carta da Itália

Embora o Allan provavelmente não vá gostar dessa rasgação de seda, eis aqui um belo, belo blog: o Carta da Itália.

O Allan é um carioca-baiano que mora da Itália. E que vê o país com olhos inevitavelmente brasileiros.

Eu sempre tenho a impressão de que o Allan é o estrangeiro, aquele que consegue perceber, com uma clareza e uma finura impressionantes, que mora em um país ao mesmo tempo muito parecido e muito diferente do seu.

A imagem que eu tenho do Allan é a de um sujeito sentado no meio-fio da Itália, olhando a vida passar com olhos arregalados e um sorriso de estranhamento.