Na minha caixa de correio apareceu esse pequeno poeminha, enviado por um leitor que, por modéstia ou timidez, sei lá, preferiu ficar anônimo.
É uma pena, porque esse é um bom poema, e eu tenho que confessar que ri muito quando li:
O blogueiro é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é sossego
O sossego que não sente.
E os que lêem o que escreve,
No sossego lido sentem bem,
Não os dois que ele não teve,
Mas só o que eles também não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama enganação.
nada enganado(r)
gênio!
Pra constar: este poema é apenas uma paródia de um outro feito por Fernando Pessoa>
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente
e os que leêm o que escreve
na dor lida sente bem
não as duas que ele teve
mas só a que ele não tem
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Abraços