Um certo Capitão Rodrigo

Aos 10 anos, comecei a criar meus personagens de quadrinhos.

O primeiro de todos foi Kit, o Recruta. Era uma cópia escancarada (mas menos preguiçosa) do Recruta Zero com um visual de Popeye. Fiz revistinhas com ele, que vendia em casa.

Depois disso vieram meus super-heróis. O primeiro foi o Escaravelho Azul, cuja história era abertamente inspirada no Batman: um milionário que combate o crime. A diferença é que ele era dono de uma empresa de engenharia genética (aos 10 anos pensei em ser engenheiro genético, depois de ler uma matéria de capa da Veja).

Seguiram-se outros, a maioria dos quais esqueci completamente. A lista é enorme, mas lembro de uns dois ou três apenas; havia um cowboy — talvez seu nome fosse Texas Kid; talvez — e um ser com poderes “cósmicos” chamado Meteor, mas é tudo o que lembro. Eram todos derivados, abertamente “inspirados” em heróis existentes.

De todos eles, o que poderia ter sido mais interessante foi justamente o último, criado aos 12 anos: o Capitão Rodrigo. Era o comandante de uma nave espacial em um futuro distante. Qualquer semelhança com Star Trek não é mera coincidência, claro. Nem é ofensa se alguém lembrar do nome de Érico Veríssimo. Era uma boa idéia, e de certa forma o mais original de todos. Uma espécie de “O Tempo e o Vento no Espaço”.

Mas a fase de desenhar super-heróis estava passando, e o Capitão Rodrigo nunca teve uma história completa como as dos outros. Eu os deixaria de lado e desistiria de ser um Stan Lee tupiniquim, assim como quase esqueceria que um dia pensei em vir a ser engenheiro genético.

Blogs, blogs e mais blogs

Eu disse algumas vezes que não lia blogs. E não lia, mesmo, a não ser alguns — a maioria dos quais está na lista de links ao lado.

Mas ultimamente descobri que nos EUA estão levando blogs a sério. E o amontoado de boa informação disponível, muitas vezes extremamente bem escrita, é impressionante.

Uma dica é dar uma passada no site do Movable Type e checar os blogs mais recentes. Claro que tem algum lixo, mas a maior parte é muito, muito boa.

Por alguma razão, o Movable Type parece ser a ferramenta preferida por jornalistas e outros profissionais que usam blogs como um meio de publicação instantâneo e livre. Na Bushlândia blogs estão virando coisa de gente importante; tanto que todos os pré-candidatos a presidente têm o seu.

Boa parte deles utiliza RSS; e isso quer dizer que você pode receber os posts no seu computador, em vez de ter que ir ao site regularmente.

Vale a pena.